domingo, 8 de dezembro de 2013

1º Encontro da Oficina de Jogos e Materiais Concretos em Matemática

Ocorreu no dia 28/11/2013 o 1º encontro da oficina de Jogos e Materiais Concretos para Matemática, realizado no PAED - Polo de apoio ao ensino a distância de São Lourenço do Sul. Na ocasião foi proposta a leitura de um texto reflexivo sobre o tema, o mesmo foi extraído do Boletim da SBEM-SP, n. 7, de julho-agosto de 1990, de autoria de Dario Fiorentini e Maria Ângela Miorim. Esse texto apresenta uma breve análise histórica do ensino e aprendizagem da Matemática, bem como da inserção de jogos e materiais concretos, atentando para a necessidade de que estes tenham objetivos pré estabelecidos pelo professor.

Após a leitura do texto ocorreu uma discussão sobre os pontos que mais chamaram a atenção dos leitores. E muitos foram os questionamentos que surgiram, como:
* Os professores fazem uso desses recursos atualmente?
* É possível para um professor com 40 h/a semanais utilizá-los?
* Porque os jogos e materiais concretos disponíveis nas escolas não são utilizados?
* São realizados cursos de capacitação para que os professores saibam utilizar esses recursos?
Muitas foram as repostas, cada integrante do grupo teve uma resposta distinta aos questionamentos. Mas, baseado nas vivências de estágio anteriores podemos verificar que a maioria dos professores não utiliza esses recursos em suas aulas e não enxerga uma utilidade para os mesmos.

Em um segundo momento a discussão foi baseado em recortes do livro "Cadernos Mathema - Jogos de Matemática de 6º a 9º ano" de Smole, Diniz e Milani. 

O que é um jogo, baseado em Smole, Diniz e Milani (2007, p.11)

- O jogo deve ser para dois ou mais jogadores, sendo, portanto, uma atividade que os alunos realizem junto;
- O jogo deverá ter um objetivo a ser alcançado pelos jogadores, ou seja, ao final haverá um vencedor;
- O jogo deverá permitir que os alunos assumam papéis interdependentes, opostos e cooperativos, isto é, os jogadores devem perceber a importância de cada um na realização dos objetivos do jogo, na execução das jogadas e observar que um jogo não se realiza a menos que cada jogador concorde com as regras estabelecidas e coopere seguindo-as e aceitando suas consequências;
- O jogo precisa ter regras preestabelecidas que não podem ser modificadas no decorrer de uma jogada, isto é, cada jogador deve perceber que as regras são um contrato aceito pelo grupo e que sua violação representa uma falta; havendo o desejo de fazer alterações, isso deve ser discutido com todo o grupo e, no caso da concordância geral, podem ser impostas ao jogo daí por diante;
- No jogo, deve haver a possibilidade de usar estratégias, estabelecer planos, executar jogadas e avaliar a eficácia desses elementos nos resultados obtidos, isto é, o jogo não deve ser mecânico e sem significado para os jogadores.

Os objetivos dos jogos para Smole, Diniz e Milani (2007, p.14)
Um jogo pode ser escolhido porque permitirá que seus alunos comecem a pensar sobre um novo assunto, para que eles tenham um tempo maior para desenvolver a compreensão sobre um conceito, para que eles desenvolvam estratégias de resolução de problemas ou para que conquistem determinadas habilidades que naquele momento você vê coimo importantes para o processo de ensino e aprendizagem.

Salientando a importância do registro das atividades na hora do jogo já que os mesmos facilitam a aprendizagem. Pode ser durante o jogo, registrando o que é feito ou ao final, dando sugestões ou destacando suas aprendizagens. Outro ponto importante é a discussão sobre o jogo com o grande grupo, quando os participantes tem a oportunidade de verificar as estratégias utilizadas pelos colegas.

A partir do próximo encontro, quando serão propostas atividades práticas de jogos e materiais concretos, o diálogo do 1º encontro será de grande valia para a análise das propostas.

Figura 1 - Participantes do 1º Encontro.
Fonte: Autoria própria.

Figura 2 - Participantes do 1º Encontro.
Fonte: Autoria própria.

Figura 3 - Participantes do 1º Encontro.
Fonte: Autoria própria.


Referências:

FIORENTINI, Dário. MIORIM, Maria Ângela. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e jogos no ensino da MatemáticaBoletim da SBEM-SP, n. 7, de julho-agosto de 1990.



SMOLE, Kátia Stocco. DINIZ, Maria Ignez. MILANI, Estela. Jogos de Matemática de 6º a 9º Ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Relato escrito em 08/12/2013.

Daniele Bracher
Acadêmica do 6º semestre do curso de Licenciatura em Matemática pela
 Universidade Federal de Pelotas - UFPel

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