sexta-feira, 7 de junho de 2013

Blog como ferramenta de aprendizagem

Tanto para o ensino presencial quanto para o Ead a utilização de blogs tem contribuído e muito para a construção do conhecimento. Através das experiências relatadas nos blog podemos descobrir novas maneiras de ensinar e aprender, é um vasto conteúdo ao nosso alcance. Como professores ou como alunos podemos também deixar nossa contribuição relatando nossas percepções e nossas construções. É visto que a troca de experiências e a reflexão é o principal caminho para o aprimoramento profissional na área da educação e é ótimo poder contar com mais essa ferramenta para nos auxiliar. Eu e a colega de Especialização em TIC-Edu da FURG, Vanessa Costa dos Santos, desenvolvemos um pequeno texto abordando a potencialização da prática pedagógica com a utilização da Web 2.0. Espero que o mesmo contribua para uma reflexão sobre o tema e quem sabe revisão das suas práticas.

domingo, 2 de junho de 2013

Aplicação da Metodologia das Árvores TIC-Edu FURG

Durante a disciplina de Metodologias Educativas Construtivistas do curso de Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação da Universidade Federal de Rio Grande (TIC Edu / FURG) desenvolvemos um trabalho que consistia em fazer a aplicação de um Plano de Aula com metodologia construtivista. 

Esse plano de aula deveria utilizar-se de uma das três seguintes metodologias: Unidades de Aprendizagens; Projetos de Aprendizagens e Metodologia das Árvores. Eu particularmente escolhi a Metodologia das Árvores, pois eu não estou em sala de aula e ficava mais fácil de aplicá-la em poucos aulas. Como bibliografia que exemplifica a Metodologia das Árvores colocarei 2 livros nas referências ;)

A Metodologia das Árvores é um método que consiste na construção de 2 árvores, partindo de um problema central, a árvore-conflito e a árvore-solução. Esse conflito (problema) é definido em grupo, junto com os alunos. Com o problema identificado começa-se a construção da árvore conflito, no tronco da árvore colocamos o problema, nas raízes as causas desse problema e na copa da árvore-problema as consequências desse problema. 
Na segunda árvore, a árvore-solução, colocamos no tronco a solução do conflito apresentado, nas raízes os meios para alcançar a solução do conflito e na copa da árvore-solução as consequências da solução do conflito.

Explicando assim parece confuso, mas é um método muito fácil e construtivo, que desperta a participação de todos os alunos e os faz refletir acerca do que está sendo debatido. É importante que o professor instigue a participação de todos e se for constatado mais de um conflito pode-se formar vários grupos e construir as árvores por grupos. 

Para facilitar o entendimento vou colocar as fotos da aplicação que eu fiz, é minha primeira postagem em um blog, então talvez as fotos não fiquem bem dispostas no texto, mas vou fazer o possível . ;)

Eu fiz a aplicação dessa metodologia em uma escola multisseriada (1ª a 5ª série) no interior da cidade de São Lourenço do Sul-RS, onde eu estudei quando criança. São 15 alunos no total. Conversando com a professora da escola chegamos a conclusão que seria interessante abordar um assunto que abrangesse todos os alunos, daí pensamos em conversar sobre higiene bucal. Lembrando que o melhor é que os próprios alunos levantem o tema a ser abordado.



Levei em duas cartolinas uma árvore desenhada, uma deles representaria a árvore-conflito e a outra a árvore-solução.



 Como nem todos os alunos eram alfabetizados decidi levar figuras relacionadas com a higiene bucal. Pedi pra que eles pintassem e recortassem essas figuras para posteriormente começarmos a montar as árvores. Durante a apresentação desse trabalho (posterior a aplicação) a Profª Ana Carolina de Moura me deu uma sugestão muito boa, que ao invés de levar as figuras pra que eles pintassem, eu levasse cartões em branco, para que eles desenhassem naqueles cartões.



Conforme fomos conversando sobre higiene bucal fomos montando as árvores. Primeiro perguntei qual era o principal problema que podemos ter com a saúde bucal, logo falaram em cáries. Então um aluno colou a figura da cárie no tronco da árvore-conflito. Perguntei-lhes as causas das cáries, citaram não escovar os dentes, não ir ao dentista, não usar fio dental, ai convidei mais uns alunos para colarem as imagens correspondentes nas raízes da árvore-conflito. Logo perguntei-lhes as consequências da cáries 'como nos sentimos quando estamos com cáries nos dentes', responderam tristes, com dor. Pedi pra que outros alunos colassem essas imagens na copa da árvore-conflito.
Com a árvore-conflito pronta, passamos a árvore-solução. Logo, perguntei-lhes sobre a solução das cáries, me responderam dentes saudáveis e um aluno colou a figura que representa dentes saudáveis no tronco na árvore-solução. Daí perguntei-lhes como alcançar os dentes saudáveis (os meios), me responderam: escovando os dentes, utilizando fio dental, indo ao dentista regularmente e alguns alunos colaram essas figuras nas raízes da árvore-solução. Para completar a árvore-solução, perguntei-lhes as consequências de termos dentes saudáveis, ai colaram essas figuras na copa da árvore-solução. Ficaram prontas as árvores.

Essa metodologia pode ser utilizada também com alunos maiores e a discussão pode ser quanto a problemas que eles vivenciam na sua escola ou na sua comunidade, questões sociais ou ambientes, como gravidez na adolescência, uso de drogas, poluição de um rio, etc. 


Referências:
CRIVELLARO, Carla Valéria Leonini. NETO, Ramiro Martinez. RACHE, Rita Patta. Ondas que te quero mar: educação ambiental para comunidades costeiras. Mentalidade Marítima: relato de uma experiência. Porto Alegre - Gestal/NEMA, 2001.

MOURA, Ana Carolina de Oliveira Salgueiro de. PIECZARKA, Lílian da Silva. SILVA, Rodrigo Moreira da. Resgatando valores: uma viagem do eu ao nós. Rio Grande - RS: Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental. 2009.


Daniele Bracher
Pós Graduanda em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação
pela FURG.
Relato escrito em 02/06/2013.